Piracicaba Nunca Esqueceu
A história das salas de cinema em Piracicaba

Personalidades

Adelardo de Souza Aguiar

O primeiro cidadão de Piracicaba a possuir um fonógrafo. Além de reproduzir sons, o aparelho também funcionava como gravador, tendo registrado (setembro de 1895) discursos nas vozes do intendente municipal da época, coronel Joaquim Fernandes de Morais Sampaio. Essas teriam sido as primeiras gravações de som realizadas em Piracicaba, utilizando cilindros de cera apropriados para o aparelho inventado por Edison em 1877.

Antônio Campos

Empreendedor na área de diversões públicas, instalou e administrou o Cine Polytheama, o primeiro cinema com essa denominação em Piracicaba. Localizado em frente à Praça Sete de Setembro (atualmente Praça José Bonifácio), próximo à Rua São José, o salão foi desativado e posteriormente usado como rinque de patinação.

Antônio Borja Medina

Arquiteto responsável pela construção do Teatro São José (posteriormente cinema), inaugurado em 11 de julho de 1927. Também edificou o Cine Broadway na década de 1930, na Rua São José. O Broadway, posteriormente desativado como cinema, tornou-se uma casa de jogos (bingo).

Augusto Antunes

Um dos músicos que se apresentavam nas orquestras dos cines Íris e Politeama por volta de 1908, sob a regência do maestro Perfetti.

Bruno Barcelli

Artista plástico responsável pelas pinturas murais que embelezam o interior do Teatro São José, inaugurado em 1927.

Fabiano Sebastian Rodrigues Lozano

Criador da Orquestra do Teatro-Cinema de Piracicaba, em 1913, que contou com Erotides de Campos como um de seus integrantes.

Francesco Stolf

Responsável pela criação do Cine Politeama, localizado na Praça José Bonifácio, nº 914. O cinema foi inaugurado em 1954 e encerrou suas atividades em 1981.

Francisco (Chico) Andia

Francisco Andia é uma figura central na história do cinema de Piracicaba, ele dedicou sua vida às salas de cinema, administrando algumas das mais importantes da cidade ao longo do século XX, como o Cine Palácio, o Cine Rivoli, Politeama, Cine Broadway, Cine Tiffany e o Cine Plaza. Sua relação com o cinema foi tão intensa que ele o descreveu como “o amor da minha vida, sem ser a minha querida esposa”.

Francisco Andia é uma testemunha viva de um período de ouro dos cinemas de rua, marcado por inovações tecnológicas e pelo impacto cultural que esses espaços tinham na vida da comunidade piracicabana. Uma das passagens mais marcantes de sua vida foi sua experiência no desabamento do prédio do Cine Plaza, em 1964. Ele e seu pai sobreviveram ao trágico evento escapando pelo sistema de ar-condicionado. Com uma visão pioneira, ele também foi responsável por trazer experiências cinematográficas diversificadas para Piracicaba, incluindo exibições de “filmes de arte” no Politeama e no Cine Arte “Grande Otelo”.

José Barbosa Ferraz, Coronel

Prefeito de Piracicaba (1927-1928), vereador (1926-31) e proprietário dos prédios do Clube Coronel Barbosa e do Teatro São José. Este último, inaugurado em 1927 com capacidade para duas mil pessoas, foi projetado pelo arquiteto Antônio Borja Medina e teve seu teto decorado por Bruno Barcelli.

José de Aguiar

Músico de destaque em Piracicaba no início do século XX. Participou de orquestras que tocavam nos cines Íris e Politeama, ao lado de nomes como Erotides de Campos e Osório Dias de Aguiar e Sousa.

J.B. Andrade

Empresário proprietário da Empresa Cinematográfica J. B. Andrade, responsável pelos cinemas Broadway e São José em Piracicaba. Seus cinemas eram administrados por Saconi e Max, sendo este último responsável pela confecção de cartazes e letreiros de publicidade.

João Cozzo

Fotógrafo profissional com grande contribuição ao acervo fotográfico de Piracicaba. Suas imagens representam cerca de 30% do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba.

João Baptista Vizioli

Talentoso músico que integrou as orquestras que acompanhavam filmes mudos nos cines Íris e Politeama.

Leandro Guerrini

Flautista que se destacou no conjunto de músicos do Cine Íris. Aprendeu flauta com Erotides de Campos e fez parte de grupos dramáticos locais em sua juventude.

Luiz Romanelli

Membro da orquestra do Cine Íris Theatre, novo nome do Bijou Theatre desde 22 de outubro de 1910. A orquestra contava com músicos como Erotides de Campos.

Massud Coury

Empresário que se mudou para Piracicaba em 1926, dedicando-se à construção de imóveis para aluguel. Em 1935, inaugurou o Cine Broadway, de sua construção.

Michel Cury

Empreendedor responsável, junto aos irmãos, pela criação do Cine Palácio em 1954 e pela administração do Cine Colonial entre 1958 e 1962, ambos localizados na Rua Benjamin Constant.

Osório Dias de Aguiar Sousa

Jurista, jornalista, historiador, poeta, músico e flautista. Atuou como promotor público e advogado em Piracicaba e escreveu para jornais locais. Também integrou a Orquestra Piracicabana, que se apresentava nos cines Íris e Politeama.

Romeu Cândido de Moraes

Projecionista veterano do Cine Broadway e colaborador do Clube Piracicabano de Cinema. Cedia e projetava filmes clássicos e tinha uma curadoria musical refinada para as exibições.